QUEM SOMOS
PROCESSOS
O processo na Gobba tem início no Wet Blue. O couro com aspecto úmido - wet - e azulado - blue - é recebido dos fornecedores, testado no laboratório e posteriormente processado mecanicamente conforme demanda dos clientes.
As peles, por chegarem com pouca umidade à indústria, são postas em um mixer com água quente, para o remolho, indo direto para a enxugadeira onde é retirado o excesso de água e classificadas, ao saírem de lá são separadas pelo tamanho e classe dos couros.
Os grupos de classes são levados para a divisora para realizar a divisão longitudinal do couro em duas partes: flor e a raspa.
A flor é a parte nobre que será processada nos próximos passos e a raspa, um subproduto do couro muito utilizado para calçados e luvas de proteção.
A flor é levada para a rebaixadeira para ajustar e uniformizar a espessura, conforme especificação de cada artigo, revisar e encaminhar para os fulões do recurtimento.
Nos fulões do Recurtimento as peles ganham seus primeiros traços, como cor e maciez. Considerando que cada artigo demanda uma receita específica, usamos matérias-primas e químicos de última geração, para obter características finais espetaculares nos nossos couros.
É responsabilidade do Recurtimento controlar a chegada das cargas do Wet Blue, tirando amostras e testando-as, para ter controle das peles do começo ao fim, garantindo a qualidade das mesmas.
As atividades do dia são planejadas com antecedência. É necessário que o Wet Blue entregue ao Recurtimento cargas de couro suficientes para ocupar cada um de seus fulões, que ficam em processo por 24 horas ininterruptas.
Ao final, o couro já tingido é encaminhado para o Semiacabado.
Para garantir que todos os produtos atinjam os padrões pré-determinados, o Semiacabado é responsável por padronizar o processo de secagem com controle de temperatura e umidade do couro. De acordo com a programação, os processos começam na secagem, estiramento e amaciamento das peles.
Os artigos são levados à grampeadeira onde atingem a expansão e secagem exata de cada artigo e após são novamente processados mecanicamente para que sejam amaciados e lixados.
No final são recortados e classificados garantindo a padronização do lote de acordo com rígidas especificações dos clientes e encaminhados ao setor de Acabamento.
Muito diferente do que todos pensam o couro não tem aqueles desenhos de gomos, eles são feitos no Acabamento. Nesta etapa que as peles ganham suas características finais, conforme a demanda de cada artigo e cliente, recebendo a cor final, os efeitos, a textura e a maciez e o toque desejada.
A pigmentação da pele é realizada em túnel de pintura equipado com sistema de pistolas e cilindro de transferência. Já a textura (desenho do couro) se deve a um rolo quente, como um grande carimbo, que dispõe de diferentes desenhos de gravação.
Uma das maiores especialidades da Gobba é a produção de couros com efeito artesanal, que são acabados à mão e que recebem carinho individual como lixamento ou remoção manual. Fazer esse tipo de pele de forma consistente é uma arte, e por sabermos fazer muito bem, somos chamados de artesões do couro.
Durante todo processo são realizados testes para garantir que as peles estejam com as características adequadas. A Gobba tem alta assertividade na pigmentação exata de todas as peles, para isso, revisamos diversas vezes cada lote em uma cabine de luz montada para essa finalidade. Uma equipe multidisciplinar compara periodicamente os artigos em produção à cartela da respectiva etapa e a máster final na luz determinada pelo cliente e com o auxílio do espectrofotômetro, um equipamento que através de uma fórmula matemática indica a diferença entre o couro produzido e o máster final, buscando sempre diferença zero.
Ao final, as peles são amaciadas nos "fulões de bater" onde os tambores ficam rodando com os couros até atingir a maciez desejada para cada artigo deixando-os prontos.
Além de produzir couros com qualidade impecável, a Gobba oferece para seus clientes a entrega de artigos mais elaborados em couros acabados cortados e costurados.
Em uma nova planta de Corte e Costura com 4.000m², produzimos por mês até 5.000 capas em couro para poltronas e sofás, trazendo comodidade e agregando valor para nossos clientes, ao otimizar suas produções. Ao chegar às fábricas de mobiliário basta colocarem a estrutura de madeira e a espuma nas capas e obterão, em pouco tempo, o estofado pronto para comercialização.
No Corte e Costura profissionais especializados dão carinho e cuidado a detalhes manualmente, com o auxílio de máquinas de última geração, para que os artigos em couro tenham um acabamento perfeito para os melhores clientes do mundo.
O Controle de Qualidade e Classificação Final são responsáveis por inspecionar do processamento da chegada da matéria-prima até o embarque final dos couros. Verificando amostras em cada etapa, garantem a qualidade do começo ao fim da produção, impedindo possíveis problemas nos processos futuros.
Seu papel é fundamental, pois garante o atendimento de todos os requisitos exigidos pelos clientes, a qualidade dos artigos e a satisfação dos consumidores.
Na Classificação Semiacabado e Final as peles são avaliadas uma a uma para garantir qualidade e consistência do padrão do lote.
Na etapa final muitos clientes vêm à Gobba verificar os lotes e garantir padronização dos mesmos. Nenhuma pele é embarcada sem estar dentro dos rígidos padrões de qualidade.
Para controle, guardamos durante cinco anos amostras de todos os lotes de couro produzidos.
Quase prontos para embarcar, na Expedição, os couros são mais uma vez amaciados, medidos (em pés ou metros quadrados), etiquetados e embalados.
As embalagens são feitas conforme especificação de cada cliente: uns couros vão enrolados, outros são encaixotados abertos, outros dobrados pela metade. Em razão da logística de transportes, peles destinadas ao mercado interno são embaladas em fardos, já as do mercado externo variam entre paletes, caixas de madeira de diferentes tamanhos e acabamentos.
Tudo é feito com cuidados, todos os lotes são plastificados, para evitar umidade, e enviados em caminhões até o porto ou aeroporto, de onde partem até as fábricas dos nossos clientes que irão produzir mobiliários de alto padrão em couros que serão vendidos posteriormente para o mundo todo.
No Laboratório são realizadas análises químicas e físicas, as quais garantem características requeridas dos artigos do início ao final da produção. Os couros podem ser submetidos a mais de 15 testes específicos, que garantem características físicas e químicas desde o recebimento até a expedição dos artigos. Entre eles destacamos ensaios de resistência à fricção, flexão, tração, alongamento, adesão e rasgo, dentre outros, de acordo com normas nacionais e internacionais: Resistência à fricção: garante a resistência da cor através de fricção na superfície do couro com feltro de lã específico;
Resistência à flexão: garante a ausência de quebras do acabamento após exposição a flexões (dobras) contínuas do couro; Resistência à tração e alongamento: determina a resistência à ruptura e alongamento em uma carga específica; Resistência ao rasgamento: determina a força necessária de rasgamento do couro; Adesão: determina a adesão do acabamento ao couro ou adesão entre duas camadas adjacentes do acabamento.
Esse departamento é responsável por manter o controle de chegada dos produtos químicos e realizar análise de lotes, conforme especificação. Executa o plano de calibração de equipamentos de medição e também o plano de testes externos.
Pesquisa e Desenvolvimento
O Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é um setor de criação que renova a indústria ao criar novos artigos e cores baseados nastendências da indústria moveleira internacional.
Com uma equipe qualificada a Gobba desenvolve novos couros com práticas na área de recurtimento e acabamento utilizandomatérias-primas e químicos de última geração.
Em todo o processo de desenvolvimento são realizados testes químicos e físicos e arquivamento das informações da pesquisa na ficha técnica do artigo e das cartelas de validação de cada etapa, tudo para garantir a consistência e qualidade para futuras produções.
Na Estação de Tratamento de Água e Resíduos (ETAR) são realizados os tratamentos físico-químico (primário) e biológico (secundário) de todo o efluente gerado nos diversos setores da indústria. O processo de tratamento físico é realizado através da remoção dos resíduos do couro com gradeamento e peneira, o processo químico primário é feito com adição de cal para elevação do pH (potencial de hidrogênio) e formação dos óxidos e hidróxidos de cromo. Após homogeneização de todo o efluente ocorre o processo de decantação, através da adição de sulfato de alumínio e polímero, com a formação de flocos, os quais ficam retidos nos decantadores. Este lodo é retirado através de prensa desaguadora e filtro prensa e encaminhado para aterro industrial próprio.
O efluente do tratamento primário segue para o tratamento biológico (secundário), local onde ocorre a depuração da matéria orgânica através de aeração e lodo ativado, sendo posteriormente o efluente lançado no corpo hídrico, atendendo os parâmetros de emissão definidos pelo órgão ambiental.
Com foco em obter todas as formas possíveis de reciclagem, o setor de ETAR gerencia todos os resíduos gerados na indústria, descartando-os da maneira correta e também o Aterro de Resíduos Perigosos próprio.